História

No festival da colheita do malte das plantações do feudo de Nicktros, compareceu quase todo o reino de Virelum e Favalar. Os quais ficam no extremo oeste e extremo norte de Kirkengear.

Virelum é um reino misto, de boa conduta. Sua população é de maioria humana. Mas lá também vivem alguns elfos e anões.

Favalar é um reino élfico, muito cordial, bem estruturado e muito desenvolvido. O reino é composto apenas por elfos.

Os reinos são separados por um rio de enorme porte, poderia até ser chamado de mar, mas na realidade é um rio. Esse rio passa metade do ano congelado e a outra metade descongelado.

No festival é esperado o senhor feudal que chegará de um feudo muito distante que mantem comércio com o feudo de Nicktros. O feudo tem sua economia baseada na produção de bebidas derivadas do malte. As quais são vendidas para os outros feudos e reinos.

O festival estava muito movimentado. Seguiria uma programação especial primeiramente por ser uma festa típica e muito antiga, como também pela volta do seu senhor feudal.

Enquanto todos bebiam e aproveitavam o pré-festival, as cornetas soaram nos portões sul do feudo e como se fossem uma onda de pessoas todos migraram rápidamente para os portões do feudo para receber o senhor feudal. Eles fizeram um corredor para que ele pudesse passar em sua carruagem.

Para espanto de todos ao invés dos antigos e famosos mamutes do gelo que puxavam a carruagem do senhor feudal, estavam agora seis tigres brancos de sabre enormes com cerca de três metros de altura cada um.
Eles foram dispostos em pares um atrás dos outros.

A carruagem parou na frente do enorme palco montado a frente da casa do senhor feudal. Da carruagem desceram ele, seu conselheiro e uma figura alta, esguia e encapuzada. Após descerem a carruagem saiu dando espaço ao povo.
O senhor feudal apareceu logo em seguida no palco com a caneca do festival. Uma caneca de puro ouro, ergue-a ao povo que gritando, berrando e urrando em comemoração o imitaram.

Quando o senhor feudal abaixou a caneca todos silenciaram. Então ele começou a falar:

Meus conterrâneos e vizinhos honráveis de Kirkengear. Gostaria de lhes dar boas vindas a este festival histórico e emocionante. Quero que todos aproveitem a festa, as bebidas e as mulheres.

Nesse momento o povo foi a loucura movidos pelo senhor feudal. Mas logo se calaram novamente ao perceber que ainda havia algo a ser dito. Então ele seguiu:

Eu na minha longa viagem fui contemplado com um achado incrível no feudo de Artronus. Encontrei uma poeta de dedos mágicos, voz sedosa, beleza rara, muita categoria e brilhantismo.

Ao dizer isso ele se firou para trás e chamou alguem. Na mesma hora veio a mesma forma encapuzada que descera da carruagem.

Porfavor abra com seu talento nosso festival.

Ao dizer isso o senhor feudal se retirou do palco e foi se sentar na varanda da sua casa de onde podia ver toda a festa. A figura encapuzada enfim retirou se capuz revelando uma elfa linda. Ela era divinamente linda, de cabelos alvos, pele clara, olhos de um azul profundo, labios finos e rosados e feições calmas.

Ela sentou-se numa cadeira, puxou uma lira e começou a tocar uma melodia muito bonita. A certo ponto da melodia ela começou a cantar. Sua voz era tão divina que todos se sentaram no chão de pedra das ruas do feudo para ouvir mais comodamente. Anões bebados começaram a chorar de emoção, elfos poderiam jurar que aquela seria a mãe dos seus filhos e os humanos então estavam babando pela elfa.

Ao final da canção ela se lenvantou fez uma reverencia, repoz a capa e o capuz e saiu do palco sob os aplausos da multidão.

É aqui nesse magnífico festival que começa nossa saga.